segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sempre disse que as pessoas não mudam, revelam-se e sinceramente gosto de acreditar nisso. Gosto de acreditar que antes de se revelarem estavam apenas a 'apalpar terreno' e que só os parvos é que não reparam nisso. Pois bem, eu sou parva! Não não, sou mesmo. Sou daquelas pessoas que seguem pegadas aos saltinhos, que cantam aos altos berros na rua sem se preocupar com mais nada, sou daquelas que cai e fica no chão de barriga para cima a rir-se da própria queda, sou parva enfim... e por isso também sou daquelas que dão segundas oportunidades e que acreditam nas pessoas antes de se revelarem.
Depois de muito tempo sentimos que as saudades daquilo que foram os melhores tempos da nossa curta vida vão ser sempre apenas saudades, mas saudades daquelas verdadeiras que só na adolescência se sente como realmente se deve sentir: intensamente.
É seguir em frente! Dizem-me para seguir em frente. Eu sigo em frente. Segui em frente.
Mas... continuo a ter saudades, muitas saudades.
Pode ser que um dia voltemos a atirar (as nossas) bolachas ao ar e apanhá-las com a boca, a cantar músicas estúpidas em coro no meio da rua, a ficar acordados até ás 5 da manhã a fazer trabalhos de grupo daqueles que mais ninguém sabia fazer, a confiarmos a nossa pessoa a quem um dia foi tanto (eu sei, eu sei, se calhar preciso de mais tempo ainda para deixar de acreditar nisso).